Saiba o momento certo de fazer o rodízio de pasto da sua criação!
A forragem é uma fonte de alimento importante para a pecuária. Portanto, é preciso priorizar um bom manejo dos pastos nos sistemas de produção de gado de corte e leite para alcançar bons níveis de produtividade. Nesse sentido, o rodízio de pasto é uma técnica interessante que garante a nutrição adequada durante o ano todo.
Também conhecido como pastejo rotacionado, trata-se de um método que tem como base priorizar a sobrevivência da forrageira, alternando os períodos de ocupação do gado com períodos de descanso do pasto.
Só que, para que o sistema funcione e os recursos da fazenda sejam utilizados da melhor forma, é essencial saber a hora certa do rodízio; caso contrário, você não obtém os benefícios dessa prática. Mas qual será o momento ideal para entrada e saída dos animais dos piquetes? E é exatamente sobre isso que falaremos neste artigo. Continue conosco e saiba mais!
Por que o rodízio de pasto aumenta o sucesso na produção?
Existem muitas práticas na fazenda que elevam a produtividade e a eficiência econômica da pecuária. Porém, poucas interferem e impactam tanto os resultados quanto uma boa nutrição para gado leiteiro ou uma bem-elaborada estratégia nutricional para gado de corte. Isso porque é por meio da alimentação que os animais obtêm os nutrientes necessários para manter em pleno funcionamento as suas funções vitais e produzir mais e melhor.
A principal fonte de alimento dos rebanhos brasileiros é a forrageira, já que a grande maioria dos produtores nacionais cria o gado solto no campo. No entanto, quando há um manejo inadequado das pastagens, bem como dos animais, os recursos da propriedade são pouco aproveitados, e o pecuarista perde oportunidades de aumentar a sua rentabilidade em função disso.
O rodízio de pasto aumenta o sucesso da atividade justamente por levar em conta a produtividade do capim escolhido para o gado, isto é, considera-se o momento em que o pasto fornece mais nutrientes ao rebanho. Controlando a taxa de lotação em áreas predefinidas, é possível obter maior produção por hectare, sendo esse o maior benefício do método.
O êxito da técnica está na uniformidade e na eficiência do pastejo. Ou seja, a colheita da forrageira pelos animais é mais eficiente devido à uniformização do pasto e não ao aumento da produção de forragem em si.
Entre as vantagens do rodízio de pasto, podemos destacar as seguintes:
- permite que a forrageira se recupere do pastejo e do pisoteio;
- fornece alimento regular e nutritivo durante todo o ano;
- aumenta o rendimento da forrageira por unidade de área;
- distribui melhor os excrementos dos animais, adubando o solo;
- reduz a degradação das pastagens, estendendo a longevidade do sistema;
- conserva a fertilidade do solo;
- permite o controle da quantidade e da qualidade do pasto;
- ajuda no controle das plantas invasoras, pois o pasto tem melhores condições para se desenvolver.
Como identificar o momento certo de fazer o rodízio de pasto?
A grande questão é: qual é o momento ideal para fazer o rodízio do pasto? Quando entrar com o gado no piquete que estava em período de descanso e quando sair? O método requer que o pecuarista tenha um certo conhecimento empírico a respeito da forrageira, mas selecionamos algumas dicas para você. Veja só.
Verifique se a forrageira está na altura recomendada
O período para a ocupação do piquete varia conforme a espécie do capim; por isso, é altamente recomendado que você pesquise a altura indicada para o pasto da sua fazenda. Contudo, é fundamental conhecer a arquitetura da planta, bem como observar o campo e pensar no comportamento dos animais.
O gado prefere brotos e folhagens jovens, pois são mais macios. Portanto, as folhas mais velhas da planta não devem estar amareladas nem dobradas — quanto mais madura for a forrageira, mais fibrosa e menos nutritiva ela é.
Além disso, um capim muito alto não será consumido pelo gado, já que os bovinos não consomem pasto tombado. Então, no geral, quando o pasto estiver com um aspecto espetado, é hora de entrar com o gado no piquete para não comprometer a sua nutrição.
Use a régua de manejo de pastagens
Conhecendo muito bem as dificuldades dos produtores em quantificar a pastagem para o seu gado de forma que restassem folhas nas plantas para que elas rebrotassem, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) desenvolveu uma ferramenta de auxílio. Trata-se da régua de manejo de pastagem, que indica a altura de entrada e a altura de saída do rebanho no piquete.
A régua tem as alturas dos capins mais utilizados no país e duas cores (verde e vermelha), para cada capim. O vermelho no inferior do instrumento indica que a altura de saída foi muito baixa, o que fará com que o pasto leve mais tempo a se recuperar. Já a faixa vermelha superior avisa que o pasto está envelhecendo e que os animais ganharão menos peso.
As faixas verdes são as que indicam a altura ideal para colocar o gado na área, ou seja, você vai maximizar o desempenho dos animais, mas garantirá a manutenção e a produtividade do pasto. A régua de manejo de pastagens também é extremamente útil para quem faz pastejo contínuo na propriedade.
Faça a medição da altura em diversos pontos
Mesmo uniformizando e adubando o campo e oferecendo pastagem jovem para o gado, é difícil prever como outros fatores vão interferir no crescimento da vegetação e na colheita pelos animais. Por isso, você deve verificar a altura do pasto em diversos pontos, abrangendo uma ampla amostragem do campo, já que as plantas se apresentam de forma irregular pelo piquete.
A uniformidade do pasto no rodízio também é alcançada com o manejo da taxa de lotação das áreas. A taxa que mantiver a forrageira a uma altura intermediária, entre a máxima e a mínima para ocupação, será a adequada.
Quais são as alturas recomendadas para cada pastagem?
As alturas recomendadas para cada capim variam conforme o desenvolvimento de cada espécie e os dias de descanso necessários para que se recuperem. De acordo com a Embrapa, as alturas em centímetros mais indicadas para o rodízio de pastagens nas seguintes variedades são:
- capim-mombaça — entrada 85, saída 45;
- capim-zuri — entrada 80, saída 40;
- capim-tanzânia — entrada 70, saída 35;
- capim-quênia — entrada 65, saída, 35;
- capim-massai — entrada 55, saída 30;
- capim-tamani — entrada 50, saída 25.
O pastejo rotacionado, ou rodízio de pasto, é uma excelente maneira de maximizar o uso dos recursos da fazenda sem degradar o solo nem perder forrageira em quantidade e qualidade. Ao permitir que a pastagem se recupere, é possível obter bons índices zootécnicos tanto na pecuária de corte quanto na leiteira.
Quer entender melhor como funciona esse sistema? Então, saiba agora o que é pastejo rotacionado e tire suas dúvidas sobre o assunto!
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